quarta-feira, 26 de junho de 2013

MAQUETAS DE ARQUITECTURA (2) – URBANIZAÇÃO DA QUINTA DA CARCEREIRA – Projecto Arq. João Simões Raposo


MAQUETAS DE ARQUITECTURA (2)
PRACETA 
URBANIZAÇÃO DA QUINTA DA CARCEREIRA
Projecto Arq. João Simões Raposo

A maqueta desta Praceta, de um projecto, integrado na Reconversão da Quinta da Carcereira, em Pinhal Vidal - entre a Charneca de Caparica e Corroios –, foi a segunda que realizei para o Arq.º João Simões Raposo, talvez em 1987 ou 1988 - uma vez que a maqueta esteve exposta no stand da Imargem - Associação de Artistas Plásticos de Almada (a que pertencia o Arquitecto), durante a Feira das Indústrias da Cultura, na antiga FIL, em 1988.



  



O stand da Imargem - Associação de Artistas Plásticos de Almada (a que pertencia o Arquitecto), durante a Feira das Industrias da Cultura, na antiga FIL, em 1988.

VISTAS AÉREAS DO LOCAL OBTIDAS NO GOOGLE MAPS:



 Como se pode ver, o pavimento não foi realizado como constava do projecto - talvez por lhe terem acrescentado uns pórticos (havia um bocado a mania dos pórticos nessa altura) nas entradas da praceta, que nesta última foto assinalei com um círculo a branco.

Foto (surripiada do site do actual gabinete do Arqº Simões Raposo) do pórtico assinalado na vista anterior.

O projecto só foi parcialmente construído, como se pode ver nestas vistas aéreas do Google Maps 

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domingo, 23 de junho de 2013

MAQUETAS DE ARQUITECTURA (1) – PRIMEIRA MAQUETA REALIZADA - COMO CHEGUEI A ESTA FASE...

MAQUETAS DE ARQUITECTURA (1)
COMO CHEGUEI A ESTA FASE...

O meu percurso escolar foi uma enorme trapalhada. Mas a decisão de “ser arquitecto” começou a fermentar desde os meus sete anos, quando em Lourenço Marques, actual Maputo, onde vivi com os meus pais dos cinco aos dez anos, via fascinado o meu tio Helder Machado (único tio que tive, irmão da minha mãe, já falecido), que era desenhador na Sonarep (na Matola), a trabalhar no estirador que tinha no quarto dele. O meu tio viveu em nossa casa durante algum tempo e, além do emprego, fazia trabalhos “por fora”, como todos os desenhadores, e nesse curto período teve uma influência muito grande na minha educação e mesmo em despertar interesses de vida futuros. Vi-o muitas vezes desenhar letras, por exemplo...

Em 1963 os meus pais resolveram regressar a Cascais – estava eu quase no final da 4ª classe e que tive de repetir, no Colégio Santa Joana, em Cascais. Depois o meu pai (engenheiro técnico de química, especializado na indústria dos cortumes) foi trabalhar para Alcanena – a minha mãe e os meus irmãos foram com ele – ficando eu em Cascais, à guarda do meu avô materno (o avô Machado), que sabia do meu desejo de “ser arquitecto”, mas não percebia patavina do sistema educativo em vigor. Nessa altura, depois da 4ª classe tinha que se fazer um exame de acesso ao Ensino Preparatório, podendo escolher-se entre o curso do Liceu ou o da Escola Técnica. O meu avô pensou que, para Arquitectura, eu teria de fazer o curso da Escola Técnica e começou aí a trapalhada. Desde a minha entrada no 1º ano do Ciclo Preparatório para a Escola Técnica, em 1963, até finalmente conseguir entrar na Escola Superior de Belas Artes – Curso de Arquitectura em 1980, decorreram dezassete longos anos. Podiam ter sido apenas sete, se tivesse sido colocado na via correcta, ou seja, no Liceu. Nesses dezassete anos, o meu percurso, só para obter a equivalência ao 7º ano do Liceu (alínea H), levou-me a ter de fazer o 2º ano do curso de Engenharia Técnica de Construção Civil e Minas, no Instituto Industrial de Lisboa. Chegado aí comecei a ter dúvidas quanto à Arquitectura e resolvi, em 1973, ir fazer o curso de Formação Artística na Sociedade de Belas Artes de Lisboa (curso pioneiro no ensino do Design em Portugal), onde tive como professores o pintor Sá Nogueira, Jorge Listopad, Daciano da Costa, etc...

Mas a ida para a tropa – em 22 de Abril de 1974 (três dias antes do 25 de Abril) – interrompeu essa tentativa.

Depois da tropa (ainda fui fazer a “comissãozinha de serviço” de seis meses em Angola até quase à independência angolana), do casamento, e de 3 ou 4 anos a “fazer pela vida”, retomei o sonho da Arquitectura. Mas as regras do jogo tinham mudado entretanto, de modo que, em 1979, ainda precisei de completar a equivalência ao 7º ano do Liceu com um exame, da disciplina de Geografia, e... só para chatear, tive também de fazer o malfadado Propedêutico. Portanto, em 1980 lá consegui entrar para a ESBAL. Só que... nessa altura já estava a trabalhar na Ilídio Monteiro Construções (através do meu tio Helder Machado, sempre ele) e, já sem pachorra para aulas, no 2º ano desisti logo no final do primeiro período! Ainda troquei de curso no ano seguinte – para Pintura e Design – mas só aguentei mesmo o 1º período.

Dei então a questão “académica” por encerrada definitivamente!!!

Na Ilídio Monteiro (1980-1983), que acabou por se revelar a minha verdadeira escola, fui desenhador de arquitectura, engenharia e cofragens. Mas também iniciei aí o percurso como designer gráfico – com os catálogos da empresa – e na montagem de exposições, também da empresa. Comecei também a realizar maquetas de arquitectura, primeiro para a empresa, depois por encomendas.

A primeira maqueta que me encomendaram foi de um Centro Comercial para a Sobreda de Caparica, salvo erro, em 1983 ou 1984. O autor do projecto e da encomenda foi o Arquitecto João Simões Raposo, de Almada (onde eu também morava desde 1968), dando início a uma relação de trabalho que durou até 1997. Não fiquei com fotos dessa maqueta.

A segunda encomenda de maqueta de arquitectura foi de um arquitecto de que não recordo o nome. Era um projecto megalómano, de uma moradia gigantesca, para um terreno situado ao lado do “campo da bola” do Monte de Caparica. Claro que essa moradia nunca seria construída. Nas fotos abaixo (feitas pelo arquitecto) pode ver-se a maqueta que realizei e... nas imagens do Google Maps a seguir, pode ver-se o que foi entretanto construído...

O telhado em telhas verdes, era destacável, para se poder ver o interior da moradia. O tecto dos corredores era constituído por sequências de pequenas abóbadas em "pirâmide quadrangular do avesso" - que me deram uma trabalheira do caraças a conseguir.


FOTOS DO GOOGLE MAPS ACTUAIS:
 A localização - no Monte de Caparica, ao lado do "campo da bola", junto à via-rápida Almada - Costa de Caparica...

O terreno com o que entretanto lá foi construído! É caso para dizer que foram "do oitenta para o oito"!

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sábado, 22 de junho de 2013

A CAPA DE "SUCEDE NO ENTANTO QUE O OUTONO VEIO" (Nova Vega)

NOVA SAGA...
A CAPA PARA O LIVRO 
SUCEDE NO ENTANTO QUE O OUTONO VEIO
de Luís-Cláudio Ribeiro
(Nova Vega)

Mais uma saga...
A minha maneira de construir capas para livros dá sempre em saga!
Isto porque um tipo nunca sabe o que é que o editor quer (ele também não sabe o que quer, claro, a menos que seja uma capa de colecção já construída e é só modificar o tema, porque o layout está definido) e, para mais, com o autor a mandar as suas "postas de pescada" - neste caso, dizendo apenas o que não quer...

Comecei por "apalpar o terreno", com seis propostas, mais 2 ou 3 variantes de cada.
Ficam aqui apenas cinco:

  
  

O autor acabou por esclarecer não queria nenhuma ilustração alusiva ao texto, de modo que estas foram todas eliminadas.



  
  

Parti então para coisas mais "a partir tudo" com lettering (sobretudo o arial bold) a ocupar toda a capa e fundos de ampliações de madeiras, areia, etc...



  

"Sucede no entanto..." que acabou por ter sucesso um grupo destas propostas,
ao fim de 32 propostas...

E a escolhida foi a que se segue:


O plano da capa.

Caso arrumado!!!

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