quinta-feira, 13 de março de 2014

CAPAS PARA A PORTUGÁLIA/SÁ DA COSTA – 2008


CAPAS PARA O GRUPO
PORTUGÁLIA/SÁ DA COSTA
2008 

Em 2008, o meu amigo Zé Ribeiro, editor da Ulmeiro, após o colapso da editora dele, foi trabalhar, como director de produção, com a Portgália/Sá da Costa (no Largo de Camões). Como trabalhei com ele durante alguns anos na Ulmeiro – o BDjornal foi co-editado pela Ulmeiro e Pedranocharco nos primeiros números (2005/2006) – contactou-me para eu fazer algumas capas para aquele grupo.

Realizei então duas capas, para livros de Paulo Borges (O Jogo do Mundo e A Pedra A Estátua E A Montanha) e, mais tarde, outros dois: As Mulheres de Atenas, de Ana Lúcia Curado (para a editora Sá da Costa) e também o estudo para a capa de Introdução à Literatura de Cordel, de António de Abreu Freire. Os livros de Paulo Borges foram editados, os outros dois, não (penso eu).

Claro que a Portugália Editora nunca me pagou nenhum desses trabalhos. Depois de um forcing – durante dois anos – a telefonar, a reclamar o pagamento, etc... acabei por ser confrontado com a falência do grupo. Ao que sei, o Zé Ribeiro também nunca foi pago.

De vez em quado apanhamos com este tipo de clientes, cheios de “snobs falinhas mansas” e a tresandar a dinheiro (que depois sabemos ser fictício), que nos enrolam e tratam o nosso trabalho, embora com muitos elogios e palmadinhas nas costas, abaixo de cão – não pago, claro.

Aqui ficam os trabalhos feitos.

 
  

 



____________________________________________________

sábado, 1 de março de 2014

CAPA E PAGINAÇÃO DE "A MARINHA DE GUERRA PORTUGUESA E A MAÇONARIA" de António Ventura (NOVA VEGA)


A MARINHA DE GUERRA PORTUGUESA 
E A MAÇONARIA
De António Ventura

PAGINAÇÃO E CAPA
Para Nova Vega
(Novembro 2013)

No início de Setembro de 2013 a Nova Vega encomendou-me a paginação e capa para o livro A MARINHA DE GUERRA PORTUGUESA E A MAÇONARIA, do Prof. António Ventura, Professor Catedrático do Departamento de História da Faculdade de Letras de Lisboa. Director da Revista da Faculdade de Letras de Lisboa. Director do Centro de História da Universidade de Lisboa, etc, etc...

Fiquei à espera do material para paginar e, quando este chegou, já quase no final de Setembro, dei de caras com cerca de 210 fotografias para incluir na paginação, quase todas elas do primeiro quartel do século XX, algumas da mítica revista Ilustração Portugueza, mas a maioria, fotografias individuais para os cerca de 200 biografados no livro.

Devido à disparidade de formatos das fotografias e seus enquadramentos, muitas delas inseridas em vinhetas ovais, como era típico na época, foi necessário não só limpá-las como reenquadrá-las, para haver alguma homogeneidade na paginação.

Seis exemplos típicos das fotos:

  

 Algumas páginas concluídas:

 
  

 Para a capa, o autor enviou-me duas ilustrações que, apesar do seu significado e qualidade, se revelaram de imediato inadequadas para capa. Mesmo assim fiz os respectivos ensaios:

 Peças de serviço de mesa da Marinha Portuguesa


Passei então à pesquisa de navios de guerra que tivessem tido alguma relevância no "10 de Outubro" - implantação da República em Portugal. Eis algumas.

Cruzador S. Gabriel - cuja imagem (diferente desta) está incluída no miolo do livro (ver miniatura da página respectiva mais acima).

Cruzador Adamastor - a única imagem em fotografia com qualidade suficiente que encontrei - acabou por ser a imagem do ensaio de capa escolhido pelo editor, pelo que deixo abaixo a informação sobre este vaso de guerra, que coloquei na ficha técnica do livro, por me parecer relevante em vários aspectos:

O Adamastor foi um cruzador da Marinha Portuguesa, construído nos Estaleiros Navais de Livorno, Itália em 1896 e financiado pelas receitas proveninentes de uma subscrição pública organizada como resposta portuguesa ao ultimato britânico de 1890, o seu custo na altura foi de 381 629 000$000 reis (1.900,00 €, cerca de 8 milhões de Euros em valores actuais). O seu primeiro comandante foi o Capitão de Mar-e-Guerra Ferreira do Amaral.
O Adamastor desempenhou um papel importante no golpe de 5 de Outubro de 1910, que levou à implantação da República Portuguesa, sendo responsável pelo bombardeamento do Palácio Real das Necessidades.
Durante o seu período de serviço o Adamastor percorreu em missões de soberania quase todos os territórios ultramarinos portugueses, desde Angola a Timor. Também fez várias visitas oficiais a países estrangeiros, como o Brasil ou o Japão.
Na Primeira Guerra Mundial, o Adamastor tomou parte activa nas operações militares contra os alemães, no norte de Moçambique.
Foi desactivado em 1934 e vendido à Firma F. A. Ramos & Cª., pelo preço de 60 850$00 (303,51 €, cerca de 52 mil Euros em valores actuais).

Símbolo da Maçonaria já limpo do fundo original

A ideia base foi portanto conciliar a imagem (ou parte dela) de um dos navios e através de transparências, colocar o símbolo da Maçonaria em fundo;

 Inverti a foto para dar mais dinâmica à capa, no sentido da abertura e leitura do livro.

Capa Final aprovada (pediram-me para escurecer a imagem um pouco mais em relação à primeira prova - acima, à direita).

Resultado final:


Plano da capa total:

Contracapa, capa e badanas.

__________________________________________________